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4 Passos para montar uma carteira de investimentos para iniciantes

Quer aprender a montar uma carteira de investimentos do zero, mesmo sendo um completo iniciante? 

Neste post, vamos abordar passo a passo como criar uma carteira de investimentos para quem está começando a se aventurar no mundo dos investimentos. 

Vamos falar sobre reserva de emergência, diversificação de ativos e como montar sua carteira de forma prática. 

Vamos lá?

1 – Reserva de emergência

Uma das primeiras etapas antes de montar uma carteira de investimentos é garantir a segurança de suas finanças por meio da criação de uma reserva de emergência. 

A reserva de emergência é um montante de dinheiro separado para cobrir despesas inesperadas, como problemas de saúde, demissão ou até mesmo reparos urgentes em casa. Ter essa reserva traz tranquilidade e evita que você precise recorrer a empréstimos ou vender seus investimentos em momentos de dificuldade.

Para construir uma reserva de emergência, é recomendado que você comece a poupar antes de investir. Porém, se você está ansioso para começar a investir, pode optar por construir sua reserva ao mesmo tempo em que investe. 

Nesse caso, você pode dividir seu dinheiro entre investimentos e a reserva de emergência. Por exemplo, destinar 50% do dinheiro para a reserva e os outros 50% para investir.

O valor ideal para sua reserva de emergência deve ser suficiente para cobrir suas despesas por um período de 3 a 6 meses. Além disso, é importante que essa reserva esteja alocada em investimentos com alta liquidez, ou seja, que possam ser resgatados rapidamente em caso de necessidade. 

Algumas opções de investimentos para a reserva de emergência incluem títulos do Tesouro Direto com liquidez diária, como o Tesouro Selic, e também CDBs com liquidez diária.

Com a reserva de emergência estabelecida, você estará mais preparado para começar a montar sua carteira de investimentos de maneira segura e consciente. 

2 – Montando uma carteira de investimentos para iniciantes

Para essa carteira, vamos focar nos iniciantes, que estão dando os primeiros passos no mercado financeiro. A proposta inicial é criar uma carteira mais conservadora, de forma a permitir que você comece aos poucos, colocando o “pezinho na água” e aprendendo sobre o mercado financeiro.

À medida que você ganha experiência e conhecimento, poderá aumentar gradativamente os investimentos de maior risco.

Nesse sentido, nossa carteira de investimentos inicial para iniciantes será composta por 60% dos investimentos em renda fixa e seus títulos, como Tesouro Direto e CDBs, por exemplo. Os outros 40% serão destinados à renda variável, divididos em 20% entre ações de empresas sólidas e com bom histórico de resultados, e 20% em fundos imobiliários. Dessa forma, você começará a entender o mercado e como ele funciona sem correr riscos desnecessários.

É importante destacar que essas porcentagens podem variar de acordo com o perfil de risco de cada pessoa. Se você for mais conservador, pode optar por uma divisão diferente, como 80% em renda fixa, 10% em ações e 10% em fundos imobiliários. Agora, se você estiver disposto a arriscar um pouco mais, pode ir para uma divisão de 50% em renda fixa e 25% em ações e 25% em fundos imobiliários.

O mais importante é entender que não existe uma fórmula mágica para montar sua carteira.

Tudo depende do seu perfil de risco, dos seus objetivos e do tempo que você tem para se dedicar aos seus investimentos. O que queremos aqui é te ajudar a dar os primeiros passos de forma segura e consciente. 

3 – Diversificação dos ativos

Diversificar os ativos é crucial para quem está começando a investir. Em resumo, a diversificação é a prática de distribuir seu dinheiro em diferentes tipos de investimentos, como renda fixa, ações e fundos imobiliários, e vários ativos dentro de cada modalidade. Mas, por que isso é tão importante?

A diversificação tem como principal objetivo diminuir os riscos do seu portfólio de investimentos. Imagine que você coloque todo o seu dinheiro em um único investimento ou setor da economia. Se algo der errado nesse investimento, você pode perder boa parte do seu dinheiro.

Por outro lado, se você tiver uma carteira diversificada, as chances de perder tudo são muito menores, pois se um investimento não for bem, outros podem compensar essa perda.

Além disso, a diversificação também ajuda a aumentar o potencial de retorno da sua carteira. Ao investir em diferentes ativos, você tem a chance de aproveitar as oportunidades que o mercado oferece, já que alguns investimentos podem se valorizar mais do que outros em determinados momentos.

Então, como diversificar sua carteira de investimentos? A primeira dica é investir em diferentes classes de ativos, como já mencionamos: renda fixa, ações e fundos imobiliários.

Além disso, dentro de cada classe, é importante diversificar entre diferentes títulos, empresas e setores da economia. Dessa forma, você não fica vulnerável às oscilações de um único ativo ou segmento de mercado.

Para ilustrar melhor, vamos supor que você esteja investindo em ações. Em vez de aplicar todo o seu dinheiro em ações de uma única empresa, você pode dividir esse valor entre várias empresas de diferentes setores, como energia, bancos, saúde, entre outros.

Assim, se um setor enfrentar dificuldades, outros podem continuar performando bem e compensar as perdas.

como montar uma carteira de investimentos do zero

4 – Começando a montar uma carteira diversificada

Agora que já entendemos a importância da diversificação, vamos priorizar alguns tipos de investimentos para começar a montar nossa carteira de investimentos diversificada. Vamos dar uma olhada rápida em três categorias principais: renda fixa, fundos imobiliários e ações.

Renda fixa

Aqui, o ideal é focar nos títulos mais comuns como: CDBs, os títulos do Tesouro Direto e as LCIs/LCAs. Os CDBs são títulos emitidos por bancos, com rentabilidade variável e prazos diferentes. Como os CDBs com liquidez diária rendendo 100%, 110% do CDI, ou aqueles com vencimentos mais longos.

O Tesouro Direto oferece títulos públicos do governo federal, com opções de rentabilidade pré ou pós-fixada, como o Tesouro Selic (pós-fixado e com liquidez diária), Tesouro Prefixado (com rentabilidade pré-determinada) e Tesouro IPCA+ (atrelado à inflação).

Já as LCI e LCA que são as Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio são títulos emitidos por bancos para financiar projetos imobiliários e agrícolas e são isentas de Imposto de Renda.

Fundos imobiliários

Nessa categoria, vamos focar em dois tipos principais: fundos de tijolo e fundos de papel.

Fundos de tijolo investem diretamente em imóveis, como shoppings e galpões logísticos, gerando renda através do aluguel. Fundos de papel, por outro lado, aplicam em títulos do setor imobiliário, buscando rentabilidade através dos juros e ganhos de capital.

Ações

Ao investir em ações, é importante diversificar entre setores e empresas sólidas. Alguns setores para considerar são: bancos, energia, saneamento e saúde. Foque em empresas líderes de mercado, com fundamentos sólidos e com potencial de crescimento.

Com essas dicas, você estará no caminho certo para construir uma carteira de investimentos diversificada, adequada ao seu perfil e objetivos financeiros.

Lembre-se de sempre acompanhar o desempenho dos seus investimentos e ajustar sua estratégia conforme necessário.

Montando uma carteira na prática

Agora, Vamos simular o investimento de uma pessoa que aplica R$ 500 por mês, diversificando os ativos ao longo do tempo. Nesse exemplo, consideraremos que a pessoa está seguindo a alocação sugerida de 60% em renda fixa, 20% em ações e 20% em fundos imobiliários. Lembre-se que, caso a pessoa tenha mais ou menos dinheiro, ela pode aplicar o mesmo princípio de diversificação.

Mês 1:

R$ 100 em CDB de um banco X (20% dos R$ 500)

R$ 200 em Tesouro Selic (40% dos R$ 500)

R$ 100 em cotas de um fundo imobiliário de tijolo focado em galpões logísticos (20% dos R$ 500)

R$ 100 em ações de uma empresa de energia elétrica (20% dos R$ 500)

Mês 2:

R$ 150 em LCI de um banco Y (30% dos R$ 500)

R$ 150 em Tesouro IPCA+ (30% dos R$ 500)

R$ 100 em cotas de um fundo imobiliário de papel (20% dos R$ 500)

R$ 100 em ações de uma empresa de saneamento (20% dos R$ 500)

Mês 3:

R$ 200 em CDB de um banco Z (40% dos R$ 500)

R$ 100 em Tesouro Prefixado (20% dos R$ 500)

R$ 100 em cotas de um fundo imobiliário de tijolo focado em shoppings (20% dos R$ 500)

R$ 100 em ações de uma empresa do setor bancário (20% dos R$ 500)

Mês 4:

R$ 200 em LCA de um banco W (40% dos R$ 500)

R$ 150 em Tesouro IPCA+ com juros semestrais (30% dos R$ 500)

R$ 100 em cotas de um fundo imobiliário de shopping centers (20% dos R$ 500)

R$ 50 em ações de uma empresa de saúde (10% dos R$ 500)

Mês 5:

R$ 150 em CDB de um banco X, com prazo mais longo (30% dos R$ 500)

R$ 150 em Tesouro Selic (30% dos R$ 500)

R$ 100 em cotas de um fundo imobiliário de agências bancárias (20% dos R$ 500)

R$ 100 em ações de uma empresa do setor de telecomunicações (20% dos R$ 500)

É importante destacar também que os valores e os ativos escolhidos são apenas um exemplo. Na prática, a pessoa deve analisar seu perfil de risco e objetivos de investimento para escolher os ativos que melhor se adequem às suas necessidades.

Com o tempo, essa pessoa vai aprendendo sobre o mercado e vai reajustando seus investimentos e alocações. Vamos supor que ela gostou muito dos fundos imobiliários e, no segundo ano de investimentos, decide alocar 50% dos investimentos em fundos imobiliários, 30% em renda fixa e 20%

Portanto, investir é fundamental para garantir um futuro financeiramente estável e realizar sonhos e objetivos. Para os iniciantes, montar uma carteira de investimentos diversificada é uma estratégia inteligente e segura, pois ajuda a reduzir riscos e aproveitar oportunidades no mercado.

Neste post, apresentamos um exemplo prático de como ter uma carteira de investimentos diversificada ao longo de cinco meses, considerando diferentes classes de ativos, como renda fixa, ações e fundos imobiliários. Lembre-se de que a alocação sugerida e os ativos mencionados são apenas exemplos, e você deve adaptá-los de acordo com seu perfil de risco e objetivos financeiros.

À medida que você se familiariza com o mercado financeiro e adquire mais conhecimento e experiência, poderá ajustar sua carteira de acordo com suas preferências e mudanças no cenário econômico.

O importante é começar a investir e manter-se comprometido com o aprendizado constante e o acompanhamento dos investimentos.

Com dedicação, disciplina e paciência, você estará no caminho certo para alcançar a prosperidade financeira e realizar seus sonhos. Boa sorte e bons investimentos!

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