Frequentemente não nos damos conta a situação de Finanças vs Emoções em que nos encontramos. E é comum focarmos em gráficos, números e análises técnicas quando pensamos em investimentos.
Porém, existe um elemento frequentemente negligenciado que pode estar impactando seus resultados financeiros: suas emoções.
A capacidade de reconhecer e compreender as próprias emoções e padrões de pensamento é vital no mundo dos investimentos e na própria educação financeira.
Este não é apenas um jogo de números, mas também de autoconhecimento. E é importante entender esse jogo para saber se você está realmente pronto para investir.
Compreender a psicologia por trás das decisões de investimento pode ser a chave para minimizar erros e maximizar ganhos.
E neste artigo, você estará armado com o conhecimento para distinguir influências emocionais de suas decisões e, mais importante, estará mais apto a potencializar seus rendimentos.
Nessa jornada, nós vamos mergulhar no universo das Finanças Comportamentais e veremos como a sua mente pode afetar diretamente a sua saúde financeira.
Este campo de estudo nos permite entender como sentimentos e vieses cognitivos frequentemente se infiltram em nossas escolhas financeira, muitas vezes nos fazendo perder dinheiro.
Mas antes de avançarmos, quero fazer uma pergunta: você já tomou alguma decisão financeira seja na hora de comprar alguma coisa ou na hora de investir em algum ativo e depois parou e pensou: ‘Por que eu fiz isso?’.
Caso a resposta seja “sim”, é importante reconhecer que esta é uma experiência não é nada incomum.
Mas hoje, iremos desvendar por que até mesmo os investidores mais experientes podem, agir de uma forma que desafia a lógica, tomando decisões que parecem ser irracionais.
Investimentos vs Emoções: Finanças Comportamentais
Primeiro vamos começar com o básico: O que, exatamente, são Finanças Comportamentais?
Esse é o estudo de como a psicologia afeta as nossas decisões financeiras. É mais do que números, gráficos, fórmulas e avaliações de empresas.
Na verdade, as finanças comportamentais ajudam a entender o responsável por essas análises, gráficos e fórmulas e como ele, ou nós, lidamos com tudo que estimula nossas ações.
Imagine que você tenha todas as ferramentas, todos os dados e todas as análises de uma empresa na sua frente. E todos esses dados te levam a uma conclusão que essa empresa não é um bom investimento.
Mesmo assim, chega um amigo seu, ou você vê alguém no YouTube falando que é uma boa empresa e que está na hora de investir nela sim.
Por algum motivo, dessa vez você resolve seguir essa “dica quente”, mesmo sabendo que não vai dar bom. Isso é uma ação impulsiva e ilustra muito bem a batalha de Investimentos vs Emoções.
E é aí que as Finanças Comportamentais entram.
Assim que você entende essa área, automaticamente a sua visão clareia e você consegue ver exatamente o que te levou a tomar essa decisão impulsiva.
E, se você souber analisar o porquê você toma as decisões que toma, você vai começar a identificar padrões.
E identificando esses padrões você vai poder tomar decisões conscientes, sem aquele “impulso” que antes você achava que vinha do nada.
E para entender tudo isso você precisa compreender como cada emoção influencia na “hora H” e como os seus vieses cognitivos vão te afetar na tomada de uma decisão.
A Influência das Emoções
Como você viu anteriormente, entender as emoções é crucial para vencer a batalha das Finanças vs Emoções o mais rápido possível.
Logo abaixo, você vai ver as emoções que mais podem te atrapalhar na sua jornada para ser um investidor de sucesso.
O medo e as oportunidades
Apesar de nossos esforços para sermos lógicos e racionais, as emoções frequentemente moldam nossas decisões de investimento.
O medo, uma emoção primordial e instintiva que atua como um mecanismo de defesa natural. Porém, no ambiente financeiro, ele pode ser acionado em momentos totalmente inadequados.
Quando os mercados financeiros sofrem oscilações negativas, o medo pode dominar os investidores, transformando potenciais oportunidades em cenários de pânico.
Esse medo de perder, de cometer erros, pode levar a decisões precipitadas e, enquanto você está com medo, investidores mais experientes aproveitam as oportunidades que o desespero alheio gera.
Então, o medo não quer que percamos. Ele quer nos proteger.
Mas, essa proteção instintiva pode acabar nos colocando em situações onde perdemos mais do que se tivéssemos mantido a calma e analisado a situação calmamente.
A ganância e seus efeitos
Outro fator decisivo no embate de Finanças vs Emoções é a ganância.
A ganância, por outro lado, é a busca desenfreada por ganhos, quase sempre ignorando os riscos envolvidos.
Nas finanças comportamentais ela se manifesta naquela voz interior que nos impulsiona a querer sempre mais, desconsiderando qualquer tipo de pensamento lógico.
Um exemplo notável foi a onda de investimentos em ações da MagaLu, onde muitos investidores, cegos pela ganância de lucros rápidos, ignoraram a importância da diversificação.
Esse comportamento inconsequente levou muitos investidores ao prejuízo extremo quando as ações caíram.
Embora possa ser um motivador para buscar melhores resultados, se não estiver na dose certa, a ganância pode diminuir nossa capacidade de julgamento, expondo-nos a riscos desnecessários e perdas substanciais.
A prepotência e o “Toque de Midas”
E agora, somado a tudo isso ainda temos a prepotência.
A prepotência é a confiança excessiva em si mesmo, levando a uma falsa sensação de invencibilidade. E, no ringue das Finanças vs Emoções quem é prepotente acaba sendo nocauteado com muita facilidade.
Investidores que tiveram sucessos logo nas primeiras vezes podem se tornar prepotentes, acreditando em uma habilidade especial que os diferencia dos demais, como o “Toque de Midas”.
Essa atitude, quando é combinada com a ganância, pode ser extremamente perigosa para a sua saúde financeira, te deixando em situações muito vulneráveis.
Assim como na ganância, os investidores prepotentes tendem a ignorar dados importantes e rejeitar opiniões contrárias, superestimando sua capacidade de prever e controlar os mercados.
Esse excesso de confiança pode levar a decisões imprudentes e a uma exposição a riscos elevados.
Finanças vs Emoções: os vieses cognitivos
Agora, saindo do mundo das emoções mas continuando nas finanças comportamentais, nós entramos na sala dos vieses cognitivos.
Os vieses cognitivos são, basicamente, atalhos mentais que nosso cérebro usa para processar informações rapidamente.
Esses atalhos são resultado da evolução humana e, em muitas situações, são extremamente úteis.
Eles nos fazem responder rapidamente a estímulos e tomar decisões sem gastar tempo e energia analisando cada pequeno detalhe.
Mas, quando se trata de decisões financeiras, nós nunca podemos passar por cima de uma análise. Às vezes, esses mesmos atalhos podem nos levar a conclusões que não levam a lugar nenhum.
Viés de confirmação
O viés de confirmação é um dos mais influentes em nossas vidas, especialmente no campo dos investimentos.
O viés de confirmação geralmente se manifesta inconscientemente, quando você interpreta ou lembra de algumas informações manipulando ela para que elas confirmem nossas crenças e opiniões formadas.
No mundo dos investimentos, isso pode significar ignorar sinais de alerta ou dados contrários às nossas opiniões.
Para reduzir o efeito negativo desse viés, é vital adotar uma abordagem equilibrada, buscando e avaliando informações e opiniões divergentes.
Assim você vai garantir uma análise mais objetiva e menos tendenciosa de oportunidades e riscos de investimento.
Viés da representatividade
O segundo viés que é extremamente influente no quesito Finanças vs Emoções é o viés de representatividade.
O viés da representatividade nos leva a fazer julgamentos precipitados baseados em semelhanças superficiais.
No contexto financeiro, isso pode se manifestar na suposição de que o sucesso passado de um investimento em um determinado setor garanta sucesso futuro para investimentos semelhantes.
Esse viés ignora os detalhes e a parte minuciosa de cada situação. Mas, tem um jeito de evitálo.
Para não cair nessa armadilha, é crucial realizar uma análise detalhada e individualizada de cada investimento.
Ou seja, você realmente precisa estudar o mercado e quais são as ações que você deve tomar daquele momento em diante.
Viés de disponibilidade
O último viés nessa batalha de Finanças vs Emoções é o viés da disponibilidade.
O viés de disponibilidade nos faz dar mais importância às informações que estão mais prontamente disponíveis em nossa memória, seja por serem recentes ou por terem causado um impacto significativo.
Porém, isso é muito perigoso.
No ambiente de investimento, isso pode se traduzir em uma atenção excessiva em eventos de mercado recentes ou em experiências pessoais marcantes.
E isso faz com que você ignore uma visão mais ampla e equilibrada do mercado, ficando muitas vezes no prejuízo.