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os 4 piores erros na bolsa e valores e como evitalos

Os 4 Piores Erros na Bolsa de Valores: Quais São Eles e Como Você Pode Evitá-los?

Todo bom investidor já errou alguma vez na hora de investir. Mas, existem alguns erros que devem ser evitados a todo custo. Eles são os piores 4 erros na bolsa de valores.

Nesse artigo, vamos esclarecer essas promessas e mostrar os erros que você deve evitar para não transformar a bolsa de valores em um pesadelo financeiro.

Os 4 piores erros na bolsa de valores

Lembrando que, se você já cometeu algum desses erros, não tem problema. O importante é seguir adiante e nunca mais cometê-los.

1 – Day Trade

O primeiro, dos 4 piores erros na bolsa de valores, que é um equívoco muito comum, principalmente no meio dos investidores iniciantes, é a prática do day trade.

Para esclarecer, o day trade consiste em comprar e vender ativos financeiros no mesmo dia, sem um estudo aprofundado sobre a empresa ou o ativo em questão.

Muitos anúncios vendem o day trade como um caminho simples para enriquecer e existem inúmeros cursos prometendo ensinar a ler gráficos de mercado em pouquíssimas aulas.

No entanto, a realidade é mais complexa.

Vamos usar um exemplo prático: um investidor compra 500 ações de uma empresa qualquer a R$70 cada, totalizando R$35.000.

Após uma análise rápida ou pura especulação, ele decide vender todas essas ações a R$75 cada, lucrando R$2.500.

Outra tática que também faz parte desse erro é a venda a descoberto ou “entrar vendido”, onde o investidor vende ativos que não possui, esperando recomprá-los a um preço mais baixo.

Por exemplo, ele pode alugar 500 ações dessa mesma empresa a R$70 e vendê-las imediatamente. Então ele espera o preço dela cair.

Se o preço cai para R$60, ele as recompra por R$30.000 e devolve as ações alugadas no final do dia, mantendo essa diferença de R$5.000 como lucro.

Mas, nem tudo é um mar de rosas.

Esses cenários não consideram os custos de corretagem e impostos, que podem diluir significativamente os ganhos.

Além disso, a tentativa de ampliar os lucros por meio da alavancagem financeira pode ser arriscada, levando a um ciclo perigoso de perdas.

Um estudo da FGV revelou que “De todos que tentaram alguma coisa, 92,1% pararam em menos de um ano. Dos que seguiram – aqueles que fizeram operações diárias por ao menos 300 pregões – 97% perderam dinheiro. Nos 3% que saíram no azul, 2,6% ganharam menos do que 300 reais por dia (ou até 6.000 reais em um mês com 20 dias úteis).”

A partir disso fica claro que o day trade é claramente um dos piores erros na bolsa que você deve evitar cometer, principalmente se você está começando agora na bolsa de valores.

Portanto, se a ideia de ingressar no day trade já passou pela sua mente, mesmo que brevemente, considere esses fatos cuidadosamente antes da sua decisão final.

2 – Gestão Ativa (ativa até demais)

O segundo dos 4 piores erros na bolsa de valores é diretamente relacionado a querer ficar rico rápido usando a bolsa de valores. É a gestão ativa da carteira de investimentos.

Essa “técnica” envolve tentar tirar o melhor de todas as oscilações do mercado, frequentemente comprando na baixa das ações e vendendo na alta, com a esperança de sempre lucrar.

Essa prática assemelha-se ao swing trade, mas sem a mesma agilidade.

No entanto, essas decisões quase nunca se baseiam em fundamentos sólidos, sendo conduzidas por especulações e tentativas de prever o mercado. Por isso essa prática é considerada um dos piores erros na bolsa.

Essa ânsia de tentar antecipar o mercado é arriscado e, na maioria das vezes, indiferente, pois é impossível prever todos os fatores internos e externos.

Temos desde dinâmicas globais até eventos segmentados. Por exemplo, a pandemia do COVID-19 que paralisou o mundo e causou um estrago em muitas bolsas de valores ao redor do mundo.

Mas você pode até pensar que existem muitos fundos de investimento em renda variável que fazem esse tipo de gestão na sua carteira.

Mas, existe um porém e você vai ver o que é logo abaixo.

Desempenho de fundos de renda variável

Segundo um artigo da B3, de 2022, “A maioria (60,6%) dos fundos de renda variável com gestão ativa no Brasil teve um desempenho inferior ao seu índice de referência em 2022.”

E quando o assunto é longo prazo, essa diferença se amplia, como afirma esse mesmo artigo:

“Em prazos maiores, a quantidade de fundos de gestão ativa que perdem para o índice de referência aumenta. Em 10 anos, 90% dos fundos de renda variável brasileiros perdem para o índice de referência, percentual que fica em 80% entre os fundos de large cap e se aproxima de 90% nos mid e small caps.”

Mas há uma maneira de não cometer esse erro, que é utilizando a técnica da Gestão Passiva.

A gestão Passiva

Nesse método, o investidor foca em adquirir e manter ações de boas empresas durante extensos períodos, se aproveitando das flutuações de curto prazo do mercado.

Mas como assim, “se aproveitando?”

Simples, com essa estratégia, ao invés de comprar na baixa e vender na alta, você acompanha o crescimento da empresa e só aproveita as baixas do mercado para comprar mais ações.

Mas é claro que você tem que ter escolhido boas empresas, que possuem um bom fundamento.

Essa estratégia sugere que, apesar de significativas oscilações nos primeiros anos, o impacto das variações tende a se estabilizar e o risco de prejuízos diminui substancialmente ao longo de décadas.

E isso pode ser visto no gráfico abaixo que faz parte de um estudo de Jeremy Siegel.

os 4 piores erros na bolsa de valores

Então, se até gestores de fundos, que têm acesso a vastas informações e dedicam-se integralmente ao mercado, muitas vezes não superam os índices de referência, o investidor pequeno deve saber reconhecer suas limitações.

A sabedoria reside em reconhecer esses desafios e optar por uma abordagem de investimento mais estável e de longo prazo.

3 – Não saber a hora de vender

O terceiro dos 4 piores erros na bolsa de valores, é não saber a hora de vender suas ações.

Pode parecer contraditório com a estratégia de “buy and hold” que mencionei antes, mas há alguns pontos importantes que a gente sempre deve considerar.

A filosofia de “buy and hold” se baseia em manter ações de qualidade por períodos extensos para se beneficiar do crescimento das empresas a longo prazo.

Contudo, insistir nessa abordagem cegamente, simplesmente porque alguém te falou, pode ser um erro.

Não se trata de vender ações frequentemente, mas sim de saber quando se desfazer de ações que não se alinham mais com a sua visão de investidor.

Mesmo que uma empresa tenha sido uma escolha sólida no passado, é essencial reavaliar continuamente seus fundamentos.

Se uma companhia perde sua vantagem competitiva ou seus fundamentos se deterioram, manter suas ações pode levar a perdas no longo prazo.

A história da Kodak é um exemplo clássico. A gigante da fotografia falhou em adaptar-se à era digital e pagou caro por isso.

E o mesmo ocorreu com a BlackBerry, que se recusou a seguir as inovações e acompanhar as novas tecnologias do mercado de smartphones.

Esses casos mostram que a complacência e a falta de inovação podem levar ao declínio de empresas outrora dominantes.

Se você perceber que uma empresa em sua carteira está seguindo esse caminho, não há razão para manter uma conexão com ela.

É mais sensato procurar empresas que estejam alinhadas com os critérios fundamentais que você considera essenciais para um investimento sólido.

E isso nos leva ao último erro: a importância de adaptar sua estratégia de investimentos quando necessário.

4 – Não adaptar a estratégia

Ajustar sua estratégia de investimento é fundamental e não se limita apenas à venda de ações de empresas que perderam seus fundamentos.

É preciso estar atento às mudanças, tanto pessoais quanto de mercado, que podem exigir uma reavaliação do seu plano de investimentos.

Considere as variações na sua situação de vida. Se você enfrentar uma demissão, por exemplo, como isso afetará sua capacidade de investir?

Você precisará pausar seus investimentos até encontrar uma nova fonte de renda?

Por outro lado, se receber uma promoção ou aceitar um emprego com salário maior, como isso influenciará a distribuição dos seus investimentos?

Imprevistos também podem surgir e são praticamente uma certeza na nossa vida, forçando uma reestruturação financeira.

Crises de mercado são exemplos claros, mas alterações na sua vida pessoal, como acidentes, um parente doente ou até mesmo o concerto de uma peça do seu carro também podem ter um impacto significativo.

Ter um plano B é essencial para não se encontrar vulnerável diante de circunstâncias adversas. Lembre-se, é totalmente aceitável modificar seu plano financeiro.

Todos enfrentam desafios; o importante é não permitir que esses obstáculos o impeçam de atingir seus objetivos financeiros a longo prazo.

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