Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
empresas de valorização ou empresas de dividendos

Empresas de Valorização ou Empresas de Dividendos?

Qual é melhor? Empresas de valorização ou empresas de dividendos? Essa é uma dúvida muito comum, principalmente entre quem começou a se interessar pelos investimentos há pouco tempo. 

Mas qual das duas você tem que ter na sua carteira? A que paga dividendos? A de valorização? Ou as duas?

Empresas de Crescimento

As empresas de crescimento são empresas que reinvestem quase todo seu lucro em expansão. É como se você tivesse uma lanchonete e, depois de fechar o mês, você pegasse todo o lucro que ela deu e investisse nela mesmo, comprando novos materiais e utensílios, como uma geladeira nova.

Ou você poderia usar esse lucro pra abrir novas unidades dessa lanchonete e contratar mais funcionários.

Agora, imagina fazer isso durante um período longo de tempo: 10, 15, 20 anos, sem utilizar o lucro para aumentar o dinheiro do seu bolso e estourar o orçamento. Provavelmente a empresa teria passado por uma expansão significativa e valeria muito mais do que quando você fundou ela.

Isso é o que as empresas de crescimento na bolsa fazem, só que por períodos muito maiores, como 20 ou 30 anos até se consolidarem completamente no mercado.

Geralmente elas começam como não tendo uma grande parte do mercado. Então ela não vai ser a empresa que tem o maior número de clientes ou que é tão conhecida e ou seja, ela não tem um grande market share.

O Mc Donald’s, por exemplo é uma empresa com um market share gigantesco, que domina o mercado. Mas não foi assim que ele teve início.

Empresas de Dividendos

E as empresas de dividendos são as que compartilham o seu lucro com os acionistas. Esse compartilhamento é o dividendo.

Vamos usar o exemplo do mercado de novo, só que agora, ao invés de reinvestir todo o lucro, você fica com uma parte do lucro pra você e divide entre você e seus sócios. 

Na maior parte das vezes, esse tipo de empresa já é mais consolidada no mercado e tem resultados constantes há bastante tempo.

A BBAS3, ou o Banco do Brasil por exemplo. É uma empresa que paga bons dividendos e tem um histórico muito bom, principalmente quando o assunto é aguentar períodos de crise como o de 2016. Além de ser uma empresa com mais de 200 anos de história.

Prós e Contras

As empresas de valorização são identificadas como aquelas com alto potencial de crescimento. Portanto, se um investidor seleciona corretamente, ele pode experimentar um aumento significativo no seu patrimônio.

Isso quer dizer que os investidores podem realmente participar da construção da empresa desde o início. 

Mas o problema principal está na dificuldade de identificar uma empresa de valorização. Não é só porque a cotação da ação está crescendo que a empresa está crescendo ou vai continuar crescendo.

Não é nada raro ver ações na bolsa de empresas que perderam mais de 60% do valor da sua cotação. É só olhar empresas como a BRF e a própria Magalu, a Magazine Luiza.

Esse é o tipo de investimento que não é inteligente pois é feito puramente com o objetivo de “surfar na onda” da valorização de uma ação, ou seja, um efeito manada sem nenhum tipo de fundamento. 

Lembre-se que o passado não é garantia para nada. Sempre estude os fundamentos de uma empresa antes de investir qualquer quantia nela.

Além disso, as empresas de crescimento são mais voláteis à rumores, notícias e especulações, então é comum ver uma grande oscilação na sua cotação. A própria Tesla é um grande exemplo disso.

Sempre fique de olho no planejamento da empresa e das suas concorrentes. A BlackBerry, que já foi referência no mercado de smartphones, foi dominada pela Apple e pela Samsung porque não tomou cuidado com a evolução do ramo.

Há 15 anos atrás era impossível pensar no mundo corporativo e não pensar na BlackBerry.

Já as empresas de dividendos oferecem uma fonte de renda regular para os investidores, além da constância e da valorização do preço da ação. E, como elas estão mais consolidadas no mercado, elas tendem a ser mais estáveis. Bons exemplos disso são a Taesa e o próprio Banco do Brasil.

E com esse tipo de empresa você tem uma vantagem muito grande, que é receber os dividendos e poder reinvestir eles na mesma empresa ou em qualquer outra que você quiser.

Isso desencadeia uma bola de neve aumentando cada vez mais o seu patrimônio e, consequentemente, os seus dividendos. 

Porém, é importante lembrar que as empresas de dividendos também não são imunes à quedas e oscilações do mercado. Inclusive, elas podem diminuir e até mesmo cortar a quantidade de dividendos que elas pagam, se os resultados não forem bons ou se houver uma crise muito grande, como aconteceu durante a pandemia com a Klabin.

Por isso você não pode procurar empresas só olhando para a quantidade de dividendos que elas pagam. Às vezes a empresa está pagando um dividendo alto mas não é algo que ela vai conseguir manter no longo prazo.

Isso pode afetar no crescimento da própria empresa rodando porque leva a um menor investimento em expansão e infraestrutura.

É importante que você procure empresas que tem um plano bem definido, que tenham uma boa relação com seus acionistas, mas que não deixem de lado o seu desenvolvimento.

Fator Tempo

Por último temos o Fator Tempo. Ele não pode ser ignorado em hipótese alguma, e isso é independente de investir em empresas de valorização ou em empresas de dividendos. 

O tempo é crucial se você quer ter bons resultados na bolsa de valores. Não adianta nada investir hoje e achar que amanhã já vai ter resultado, vai ganhar milhões. Não é assim que funciona.

Tanto as empresas de crescimento quanto as de dividendos não funcionam no curto prazo, a não ser que você seja um trader, o que eu também não recomendo, principalmente se o seu objetivo é aumentar seu patrimônio de forma saudável e montar uma carteira previdenciária.

O estudo de Jeremy Siegel logo abaixo mostra que quanto menor o tempo que você está investindo na bolsa, maior a volatilidade dos seus investimentos. Porém, quanto maior o tempo, menor a volatilidade.

empresas de valorização ou empresas de dividendos

Dá pra notar que quanto mais perto dos vinte anos, menores são as volatilidades, sendo praticamente irrelevantes. 

Muitas pessoas contribuem no mesmo período de tempo com o INSS, pra se aposentar e, por falta de conhecer o mundo dos investimentos, acabam colocando o dinheiro suado em um lugar que não rende nada quando comparado com a bolsa de valores.

Qual ter na Carteira?

Para um investidor, os dois tipos são excelentes para ter na sua carteira de investimentos, tanto as empresas de valorização quanto as empresas de dividendos. Essa diversificação é importantíssima para te proteger dos riscos, através da diversificação dos investimentos. 

É sempre importante ter uma carteira de investimentos diversificada e não deixar todos os ovos em uma cesta só. Assim você se protege caso uma empresa quebrar e você perder muito patrimônio.

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Mais

Artigos Relacionados: